Ça n'est pas vrai!

6.12.06

Breve de um tanto

Seu amor foi breve de um tanto,
Curto e manso de um tanto,
Grande desencontro
Do meu tão bem querer,

Deixou-me só desencanto,
Um coração que não mando,
Duas fotografias, desfocadas e embaçadas,
Retratos fiéis dos meus dias sem você.

Depois de tudo, como convém,
Busquei mudar de rumo: fugi e fui ninguém.
Perdi, então, a dignidade e também qualquer coragem
De botar a vida a prumo.

Queria dizer que pouco importa,
Que a vida não é torta,
Mas é só você que me faz bem.

Renuncio qualquer proposta
Qualquer idéia, qualquer alguém:
A minha vida, nas suas mãos, está posta.